Representatividade, Tradição e Magia: O Desafio da Nova Branca de Neve para a Disney
Publicado por LIPE JUSTINO

Créditos: Divulgação / Walt Disney Studios Motion Pictures
Em 1937, a indústria cinematográfica viveu um marco histórico com o lançamento de BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES, o primeiro longa-metragem de animação da Disney. Mais do que apenas um filme, Branca de Neve foi uma revolução que transformou a narrativa do cinema, trazendo pela primeira vez uma protagonista humana no mundo da animação. Com o toque visionário de Walt Disney, o filme não só apresentou a magia do Technicolor, mas também inaugurou a era das princesas da Disney, um legado que continua vivo até hoje.
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Uma aposta ousada de Walt Disney

Créditos: Reprodução / Walt Disney durante o processo de produção do filme.
O filme BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES foi, sem dúvida, um grande risco para Walt Disney, que apostou tudo no projeto, financiando a produção até com sua própria casa. A animação foi uma das primeiras a usar a técnica do rotoscópio, que envolvia a filmagem de atores reais para tornar os movimentos dos personagens mais realistas. O uso de novas tecnologias, como o Technicolor, ajudou a criar a atmosfera mágica que se tornou sinônimo de Disney.
Com mais de 750 artistas envolvidos, a produção foi uma verdadeira maratona de criatividade, com mais de dois milhões de esboços sendo desenhados ao longo de três anos. O impacto foi gigantesco: Branca de Neve não só foi um sucesso de bilheteira, mas também mudou a indústria cinematográfica, criando o gênero dos longas de animação e consolidando a Disney como líder no entretenimento global.
Branca de Neve: Um símbolo de resiliência e esperança

Créditos: Reprodução / Desenho utilizando a técnica inovadora para criação do longa BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES (1937).
A protagonista, Branca de Neve, foi mais do que uma simples heroína. Com sua bondade, coragem e determinação, ela representava a esperança de superação diante das adversidades. Sua jornada a tornou um ícone do imaginário popular, inspirando gerações de fãs e tornando-se a primeira de muitas princesas da Disney.
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A magia renasce: A nova versão live-action e as controvérsias

LOS ANGELES, CALIFÓRNIA - 15 DE MARÇO: Rachel Zegler comparece à estreia mundial de Branca de Neve da Disney no El Capitan Theatre em Hollywood, Califórnia, em 15 de março de 2025. (Foto de Rodin Eckenroth/Getty Images para Disney)
Agora, em 20 de março de 2025, as novas gerações terão a oportunidade de redescobrir Branca de Neve em uma versão live-action, dirigida por Marc Webb (O Espetacular Homem-Aranha) e estrelada por Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor) como a princesa e Gal Gadot (Mulher-Maravilha) como a temível Rainha Má. A produção, que promete trazer uma nova visão da clássica história, também tem gerado uma onda de debates.
Desde o anúncio do filme, a escolha de Zegler como protagonista tem dividido opiniões. Por um lado, muitos comemoram a representatividade latina, enquanto, por outro, há aqueles que questionam se a nova versão respeita a essência da animação original e do conto dos irmãos Grimm. Outro ponto de discórdia foi a abordagem inicial dos Sete Anões, que, após críticas de figuras como Peter Dinklage (Game of Thrones), foi ajustada pela Disney, substituindo os efeitos visuais por atores de baixa estatura.
As declarações de Zegler sobre a animação original também geraram polêmica. A atriz afirmou que a história de 1937 era “datada” e que sua versão de Branca de Neve não dependeria do príncipe encantado, o que gerou desconforto entre os fãs mais tradicionais, que viam a história original como um clássico imbatível.
O trailer e a resposta do público
O lançamento do primeiro trailer de Branca de Neve acumulou milhões de visualizações, mas também gerou uma grande quantidade de "dislikes", refletindo a divisão do público. Enquanto muitos estão animados com a promessa de uma reinterpretação moderna e inclusiva, outros questionam se a Disney está se afastando demais da magia que fez do filme original um ícone.
Equilibrando tradição e inovação
A Disney tenta, assim, equilibrar inovação com a nostalgia do clássico, apostando que a nova versão trará uma nova abordagem para uma geração mais moderna, sem perder a essência de magia e resiliência que Branca de Neve simboliza. A trilha sonora, composta por Benj Pasek e Justin Paul (O Rei do Show), também promete trazer um toque contemporâneo à história, mas será que o público aceitará essa versão atualizada da amada princesa?
Em resumo, Branca de Neve é muito mais do que um conto de fadas. O clássico de 1937 foi um marco histórico que moldou a indústria do entretenimento. Agora, com sua versão live-action chegando aos cinemas, o filme continua a ser um tema de debate entre fãs do passado e do presente, deixando claro que, seja em forma de animação ou live-action, Branca de Neve é uma história que sempre provocará discussão e reflexão.
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